Esta postagem leva no título a marchinha de carnaval que o Braguinha e Alberto Ribeiro fizeram em 1937. Naquela época eles nunca poderiam ter imaginado a situação que hoje o cultivo desta fruta tão comum na mesa do brasileiro poderia estar sofrendo.
A frase tão comum "a preço de banana" em breve poderá ter outro uso: indicar algo de preço caro e inacessível ao povo sendo reservado aos mais abastados. Talvez isso não aconteça, esperamos que não aconteça, mas o risco existe a depender de um outro tipo de "bananas" - os eco-bananas militontos a la Madre Marina Selva.
Refiro-me as consequências que o novo Código Florestal poderá impor a produção desta fruta colocando um ônus impagável a muitos pequenos agricultores e provavelmente condenando muitos deles a saírem de suas terras e virem aumentar a população urbana.
Semana passada estive em viagem do RS à SP e tirei algumas fotos. A primeira foto abaixo é da região de Maquiné/RS e ao longo de 50 km ou mais o que vimos foi bananas e mais bananas, morros e mais morros repletos de bananas, muitos deles em áreas consideradas APP e que terão que ser destruídos para plantio de mata nativa.
Seguindo viagem, logo após Curitiba, passamos pelo Parque Estadual de Jacupiranga, também repleto de bananais por todos os lados, vejam nas duas fotos seguintes:
Em nossas viagens tenho o costume de sempre parar e conhecer esses produtores rurais de beira de estrada. Além de comprar alguma coisa busco sempre conversar, perguntar, aprender, conhecer algo novo e tenho sido bem feliz nesses contatos. Pessoas boas, de bom coração e atenciosos, mas que tem sofrido uma injustiça e uma insegurança jurídica incrível e muitos deles contam histórias da truculência dos fiscais ambientais impondo um ônus incrivelmente difícil de cumprir.
Com o novo Código Florestal talvez isso melhore um pouco e algumas garantias sejam legitimadas para a permanência do homem no campo mas ainda falta muito para o reconhecimento pleno desta que é a mais bela das profissões: o agricultor, que retira da terra o alimento que sustenta a todos nós.
Sobre bananas indico ainda a postagem do Ciro Siqueira neste blog:
http://www.codigoflorestal.com/2012/09/adeus-banana.html
Para finalizar quero registrar uma outra foto que me fez parar na estrada para tirar a foto e entrei no site indicado para ver do que se tratava e pude constatar outro problema sério que os agricultores da região de Maquiné/RS estão enfrentando: a perda de suas terras para a nova legislação que trata dos quilombolas - uma lei que ao tentar corrigir uma injustiça do passado atua cometendo novas injustiças e causando inúmeros outros problemas na região. Vejam a foto e depois entrem nos links indicados a seguir:
Blog dos Agricultores Familiares da Região de Maquiné/RS:
http://comunidadeaguapes.blogspot.com.br/
Texto de Reinaldo Azevedo sobre Quilombolas:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-stf-a-voz-rouca-a-voz-louca-a-lei-os-quilombolas-os-indios-as-minorias-barulhentas-a-maioria-silenciosa-ou-sem-o-stf-so-resta-o-golpe-de-estado-excelencias/
Leia Mais ►
A frase tão comum "a preço de banana" em breve poderá ter outro uso: indicar algo de preço caro e inacessível ao povo sendo reservado aos mais abastados. Talvez isso não aconteça, esperamos que não aconteça, mas o risco existe a depender de um outro tipo de "bananas" - os eco-bananas militontos a la Madre Marina Selva.
Refiro-me as consequências que o novo Código Florestal poderá impor a produção desta fruta colocando um ônus impagável a muitos pequenos agricultores e provavelmente condenando muitos deles a saírem de suas terras e virem aumentar a população urbana.
Semana passada estive em viagem do RS à SP e tirei algumas fotos. A primeira foto abaixo é da região de Maquiné/RS e ao longo de 50 km ou mais o que vimos foi bananas e mais bananas, morros e mais morros repletos de bananas, muitos deles em áreas consideradas APP e que terão que ser destruídos para plantio de mata nativa.
Seguindo viagem, logo após Curitiba, passamos pelo Parque Estadual de Jacupiranga, também repleto de bananais por todos os lados, vejam nas duas fotos seguintes:
Em nossas viagens tenho o costume de sempre parar e conhecer esses produtores rurais de beira de estrada. Além de comprar alguma coisa busco sempre conversar, perguntar, aprender, conhecer algo novo e tenho sido bem feliz nesses contatos. Pessoas boas, de bom coração e atenciosos, mas que tem sofrido uma injustiça e uma insegurança jurídica incrível e muitos deles contam histórias da truculência dos fiscais ambientais impondo um ônus incrivelmente difícil de cumprir.
Com o novo Código Florestal talvez isso melhore um pouco e algumas garantias sejam legitimadas para a permanência do homem no campo mas ainda falta muito para o reconhecimento pleno desta que é a mais bela das profissões: o agricultor, que retira da terra o alimento que sustenta a todos nós.
Sobre bananas indico ainda a postagem do Ciro Siqueira neste blog:
http://www.codigoflorestal.com/2012/09/adeus-banana.html
Para finalizar quero registrar uma outra foto que me fez parar na estrada para tirar a foto e entrei no site indicado para ver do que se tratava e pude constatar outro problema sério que os agricultores da região de Maquiné/RS estão enfrentando: a perda de suas terras para a nova legislação que trata dos quilombolas - uma lei que ao tentar corrigir uma injustiça do passado atua cometendo novas injustiças e causando inúmeros outros problemas na região. Vejam a foto e depois entrem nos links indicados a seguir:
Blog dos Agricultores Familiares da Região de Maquiné/RS:
http://comunidadeaguapes.blogspot.com.br/
Texto de Reinaldo Azevedo sobre Quilombolas:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-stf-a-voz-rouca-a-voz-louca-a-lei-os-quilombolas-os-indios-as-minorias-barulhentas-a-maioria-silenciosa-ou-sem-o-stf-so-resta-o-golpe-de-estado-excelencias/
ATUALIZAÇÃO DESTA POSTAGEM EM 31/10/12
Após eu ter escrito esta artigo a Presidente Dilma fez alguns vetos no Código Florestal e confirmou minhas previsões que já começam a ser notícias como esta abaixo:
Área para produção de bananas em São Paulo pode perder até 10 mil hectares com Código Florestal, diz associação